quarta-feira, 10 de março de 2010
Os meus poemas me vêm o tempo todo, sem intervalos. Como uma cachoeira caudalosa, esparramando letras e palavras por todos os cantos.


Todas as pessoas são poetas - entenda aqui por pessoas, meu caro leitor, aquelas que vivem, não vegetam - Sim, todas são poetas. Existe todavia uma diferenca entre as tais pessoas, algumas conseguem (não sei como) construir algo, uma represa em suas quedas d´agua. E no vale úmido que fica à beira desta, constroem sem muitas palavras melancólicas e versos apaixonantes uma bela vida.

Outras, como eu e tantos perdidos no mundo, não tem sequer um tijolo ou massa de cimento pra represar aquilo que vêm constantemente. E o tempo que têm passam a escrever tudo, a copiar a mente, a tentar descriptografar os mistérios da alma, a tentar, em vão, transformar o vermelho do coracão em algum poema útil.

E existem as poucas e mais corajosas mentes, que tem a audácia, capacidade e virtude de ao pé da cachoeira construirem não represas, mas sim um moinho, grande e magnífico. Cujo se movimenta com as letras e palavras que caem a todo tempo e criam as mais belas coisas existentes.
 

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