Texto das perguntas( ou algum de Pablito)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008
o que seria da loucura sem a lucidez?
de que serviriam as flores se não houvesse os amantes?
Para que a paz reinaria, se o mundo já não fosse reinado por guerras?
valeria de que a vida sem uma morte para colocar fim, e fazer-nos chorar sentimentos frágeis?
os remédios curariam quem se não tivéssemos os doentes?
e os poemas( os meus também!) a quem iriam ser úteis se todos já fossem amáveis e amados?
perguntas? pra que existiriam se a descoberta já não é algo novo e revelador?
A rotina é a assassina da arte: escurece a visão, cega o pintor, quebra o lápis e o coração do poeta, desafina o violão do tocador. A rotina é a assassina da alma: queima os sentimentos, come o amor, aumenta a saudade, cria a inveja. A rotina é a assassina da vida: constrói casas mas prende os pedreiros, gera o verde, destruindo-o. A rotina assassinou o homem: mediu o tempo.

Soneto do amor de um outro

Não. Este soneto não foi feito de mim
É o soneto de algum outro qualquer(apaixonado)
De um homem cuja vida amou a uma mulher
Mal sei se isto é um soneto,( que não o fosse, mas agora o é)

O amor repentino de clarão
Sonhado e vivido e amado
Homem, pobre coitado!
Amou uma mulher, dessas sem perdão...

Mulher! tenhas piedade
Desse pobre homem que já não contem o seu próprio coração
Homem pobre, rachado e rajado e quebrado por um trovão

Deus amado e com afeição
Tenhas piedade do coitado homem
Encontrado morto em algum pobre porão, chamado...

Conjugados

segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Olham-se como se fosse a primeira
e inúmeras vezes, passadas e amadas.
Perdem-se na imensidão do olhar oposto:
apaixonaram-se
Choram-se as lágrimas do outro
Deitam em paz, a noite a cama arde. Sim! o amor está existindo
Já não sentem-se mais nada além da alegria
Preocupação...?Pra quê...? O amor é tão efêmero quanto o tempo...
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Eram três e doze da tarde daquele dia incomum para qualquer frequentador do boteco da esquina. A esquina ficava logo ali, perto das casas e das vidas das pessoas, era onde tudo existia e coexistia sem maiores problemas. Nas casas viviam pessoas normais para o contexto de tal cidade, trabalhavam, comiam, dormiam, transavam. E assim a vida ia indo em seu ritmo periódico de sempre. Bem, já muito bem descrito o local e suas pessoas, vou agora falar de mim: chamo-me Eusébio, homem feito e forjado nos costumes tradicionais da minha cidade, sem muitos sonhos maiores, só aqueles que sempre somos forçados a termos porque se não tivermos seremos taxados. Idade mediana, altura básica, homem viril e barbudo. Frequento o boteco da esquina todos sábados e domingos, lá encontrei tudo que precisava e mais ainda o que não precisava, é onde a vida é vivida aqui. Ah por pouco ia-me esquecendo da parte mais essencial de toda essa escrita: sou apaixonado. Percebam bem, eu sou um apaixonado, eu não estou apaixonado, nisto existe uma enorme diferença. A minha paixão deve-se a ela, daqui algumas linhas apresento-lhes ela. Mas antes sua personificação: (muitos devem estar pensando agora que ela é a mais bonita da minha cidade. Enganados. Como ja disse fui forjado para ser sonhos normais.) nela se encontra tudo aquilo que eu sempre desejei ao meu lado, cabelos grandes e volumosos, de uma estatura diferenciada, pernas alongadas porém não muito preenchidas, olhos de cor de terra daqueles que em todo lugar tem. Mas o que mais me apaixona nela é como ouvi que a chamavam: Vitória. Sim! claro, a minha vitória. Pelo momento decidi guardar meu amor por ela dentro de mim, para saber se realmente a amava. Segui em minha vida rotineira e cansativa, passaram-se semanas e sábados e domingos. Envolvi-me com outras mulheres de outros prazeres mas ainda sim pensava em Vitória. Enfim hoje chegou o dia de chegar ao boteco da esquina e espera-la para fazer meu pedido de amor. Tudo ocorre normalmente, mesas quadriculadas, bebidas em cima destas, homens e mulheres a conversar e eu com toda minha paz e calmaria esperando por Vitória.




nao acabado

corrida

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Venha, mas venha com força e pressa, leve-me para onde eu nunca fui. Venha, mas venha rápido, viaje comigo até o infinito, lá teremos todo o tempo. Venha, mas venha como nunca foi com ninguém, que seja algo novo para nós dois. Venha, mas venha com sinceridade, prefiro ela do que toda mentira romântica. Venha, mas venha como alguém que eu nunca tinha visto antes, mude a cada dia. Venha e me ame;

Ria maria

quarta-feira, 21 de maio de 2008
O amor que tenho por você não é
aqueles que só sentimos quando estamos por perto
É aquele amor que se vive diaramente, necessitariamente.
Incondicionalmente amo e verdadeiramente sinto.

Não é um amor daqueles simples e frágeis.
É aquele que sei que vai me marcar
como a flor marca a primavera. Por isso te peço,
ria Maria!
Que é no seu sorriso que me acho e acho o melhor lugar
do mundo pra ser amado.

fui levando

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Me fui levado pelo tempo, fiz tudo em sua razão e a sua vontade. Costumo dizer que o tempo deu pouco tempo pra vida, e desta minha curta permanência tento não marcar as horas de relógio, e sim as de prazer.


Me fui levado pelo prazer e pelo amor que proporcionei aos outros, até hoje nunca tinha parado e pensado em mim, só em mim. Achava que era prazeroso fornecer prazer aos outros. Às vezes, poucas vezes, é.


Me fui levado pelo desleixo e arrogância – sinceramente nessa parte fui quem realmente eu mais sou. Mas quem, algum dia ja falou que podemos ser nós mesmos o tempo todo?- nestes meus dois pecados a vida mostrou-se menor e vazia.


Me fui levado pelo antônimo da vida, e antes que ele chegasse, sentei-me nesse trono que agora estou, em um amplo salão de 1x2 m². Realmente, a emoção de viver é grande. Mas a da perda do sentimento que essa emoção me dá, me causa uma emoção maior ainda.

E as coisas passam rápidas como vento.

Tudo que sobra é o pó,

o resto,

a saudade...

espelhos

Em vazios, vários, vagos lugares.
Com dor,amor, com o nunca. Sem cor, ardor, sem o sempre
Como sofredor. Passivo... desisto
Sendo utópico até o sempre.

grandeza

Amando alguém como amo você:
não existiria mais eu, não existiria.
Deste amor, seriam feitos outros amores e novos morangos,
de tudo que é meu, seu. Nada tenho eu mais.
Com você, nada eu temo mais.

dificuldade

É mais fácil para mim, ser aquilo que não sou.
É mais fácil não ser eu
O meu verdadeiro eu, me constrange e me omite
Do meu eu, nada sou eu.

até o não

Até quando os nomes mudarem,
quando os mares pararem.
Até quando os ventos balançarem ou não,
quando as dores não existirem mais.
Até quando as músicas não tocarem mais,
quando não escutarmos mais, nada.

Até quando as flores não falarem mais,
quando tudo parar. Até lá...


Não esqueças que já amamos,
até lá.

condinome loucura

quarta-feira, 26 de março de 2008
a loucura vive comigo vivamente e diaramente, dorme ao meu lado esquerdo da cama e quando acordo, já me amei tanto com ela que passamos o resto do dia como se fossêmos um ser só. Até hoje penso que somos dois seres distintos e independentes.

o espaço de tempo que dura da manhã à noite, é o tempo necessário para que haja um pequeno afastamento de nossos seres. Pela manhã sou completamente dela, tudo que faço é com o pensamento nela. Como se trocassêmos rosas todas as manhãs.

à noite corro desesperadamente fugindo dela, sempre acho que naquela noite vou ter paz e bons sonhos e um bom sono. Mas inevitavelmente a loucura, loucamente, chega a mim e deita-se ao meu lado esquerdo da cama - parece que desde do sempre esse lado ja foi reservado para ela- e aí tudo acontece de novo, mais uma vez, novamente, e continua acontecendo....
o poema não é só feito de rimas e versos
tem que haver nele a verdade do poeta,
os sentimentos do poeta:
a angústia, a dor, a paixão, o sofrimento, a ingenuidade de uma criança.
alegria... nunca pode faltar

o poema que apenas preza pela boniteza
de suas letras, de suas palavras, de suas estrofes,
não é um poema, é um passatempo.
daqueles que passam bem rápidos e não marcam nem o dedo da alma

é necessário que algo seja dito
que pessoas sejam mostradas
que mortes sejam publicadas
que doentes sejam curados


é indispensável que haja o amor
entre a caneta e o papel.
entre a mente e a alma.
é necessário que haja amor
entre o poeta e a ...

12 mandamentos de mandar

mude como quem pára de se drogar
mude como quem já não vive mais as mesmas coisas de antigamente
mude como quem já olha as diferentes maneiras existentes de se viver
mude como quem já mudou o ouvido
mude como quem já não come as mesmas comidas
mude como quem já veste outras roupas e outros pensamentos
mude como o vento muda todo dia suas direções
mude como quem já não consegue encontrar o ódio
mude como quem ja viveu 100 anos mas a cada 10 foi uma pessoa diferente
mude como quem já não tem as mesmas idéas
mude como quem já não trabalha sempre nas mesmas coisas

mude como o amor muda a gente.

- Nessa parte seria o verso que definitivamente mudaria tudo, mas essa parte eu deixo pra quem acabou de mudar.
não me importo mais se amanhã respirarei ou não.
se amanhã o sol irá nascer ou não.
não me importo mais se sinto fome ou se sinto frio.
não me importa mais se eu sinto ou não.

o que realmente sei, e o que especialmente, me faz desinteressar por todas outras necessidades vitais é saber: que mesmo que não haja amanhã, mesmo que eu não sinta, mesmo que eu nem respire mais. Irá sempre existir sua voz ao meu lado dizendo, com a razão que sempre é de costume te acompanhar, que me ama.

involuntario

domingo, 6 de janeiro de 2008

Distante do amor, sem cor.
Sem razão.
Sem noção, longe de rima.
Com ardor de um...

Sem coração,
Com a certeza que, apenas, em um dia ele realmente bateu.

 

Browse