Papelaria

domingo, 5 de julho de 2009


Esta é a primeira vez que isto faço. Sentar a frente do computador, abrir folha, escrever, sem nada apagar. O que na cabeça vier é colocado. Nada de palavrinhas bonitinhas, estéticas, pensamentos anteriores, razões exteriores pelo que é escrito, paixões não correspondidas ou cartas de adeus. Apenas letras, cruas, mal feitas. Me faz ser necessário escrever, mal sei por qual razão tenho isso. Creio que deve-se ao fato de falar pouco, ficar calado, observar sempre, refletir ao fim e tentar compreender ações vistas.


Mas chega! Nada de tanto pensar! Nada de tanto compreender! Quero mistérios, ações irracionais, jogadas não pensadas, pessoas que cometam erros!- como Fernando ajuda nessas horas- Preciso, antes de mais nada, me mudar. Criar uma nova pessoa, metamorfosear. Porque a vida, meu amigo, é rápida. Nunca espera, piscoupassoupassoudenovo. E agora que na cabeça nada mais me veio, e parado estou, esperando vir o que quiser vir. Entendo por quais motivos me veio a cabeça o propósito inicial do texto. A vida simplesmente é: uma folha, um lápis e nenhuma borracha. Não existe relógio mágico, nem andarilho do tempo. Não existe tempo perdido, porque o que se perde, se recupera. O tempo não.

jl

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