Le moment

domingo, 2 de setembro de 2012
Em uma tarde, perdida como essa de hoje, nalgum final de inverno, me levantava da cama(ainda imunda de amor) e ia de encontro à janela, afinal, era necessário um pouco de vento e talvez de luz, algo que nos dissesse que ainda viviam pessoas e coisas lá fora. O sol apressava-se para a sua despedida diária de todos nós e, do outro, ainda bem clara, ia surgindo aquilo que ela tanto amava: a lua, de forma alva e calma, esperando o fim do espetáculo do seu eterno marido. Bem... foi nessa tarde, que em um português meio alemânico, ela me disse, ainda despida de roupa e timidez: você é quente! E afirmava de uma maneira tão convincente que sua voz, ao bater em mim, me estremeceu e parecia que aquela quentura e ardência da qual ela falava tomava conta de mim, voltamos à cama, os dois despidos de qualquer coisa que atrapalhasse 'o momento'. Era assim que chamávamos pois, não era sexo carnal, tampouco amor parnasiano, muito menos a junção dos dois, era simplesmente, sem mais descrições, O momento. Simples como pode soar e complexo como uma imaginação infantil pode ser. Em uma fusão de corpos, cores, sons, tons e tudo que nos fazia parte, sentíamos nada além do que era para ser sentido e por isso que fosse tão... tão... momentual.

Um comentário:

FELIPE CRISPIM disse...

PARABÉNS PRIMÃO GOSTEI MUITO DO BLOG E INDICAREI P/MUITAS AMIZADES.POIS FAZ BEM LER,E RESSENTIR

 

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