As ondas,
essas calmas...
que vem descompassadas
pelo tempo dos mares
São o meu relógio sem ponteiros retos
e assim que beijam a amada, sua praia,
Tiram da areia pouco à pouco,
grãos e grãos
E assim quando subitamente
anoitece,
vem com tamanha sede de saudade de seu amor
que beijam e devoram-na por inteira.
Lutemos contra
Lutemos à favor
Mas é verdade
Que não é possível viver sem as ondas descompassadas pelos tempos do mares.
Não existe nada mais a ser escrito.
As dores foram sentidas.
As brigas, remoídas.
Os amores, relatados.
As ideias, esquecidas.
As boas acões, perdidas.
As pragas, computadas.
Os pobres, abandonados.
E com isso me findo
Porque não há nada mais ridículo
do que ser poeta
sem escritos
As dores foram sentidas.
As brigas, remoídas.
Os amores, relatados.
As ideias, esquecidas.
As boas acões, perdidas.
As pragas, computadas.
Os pobres, abandonados.
E com isso me findo
Porque não há nada mais ridículo
do que ser poeta
sem escritos
Avôs não tem pátrias,
ou seguem a lei natural das coisas
e dos homens.
Seus coracões são as mais
vastas e belas terras
que podem ser habitadas.
Suas leis são as emocionais.
Não venham com essa tal de razão
para acabar com a fantasia e alegria
de algo que é simplesmente sentido
Ser Avô é honraria das grande
e, não são todos que podem ter.
Procriar até a sua terceira geracão
não é nada que exiga dificuldade.
Complicado é esconder, pequenas travessuras,
brincar como se a infância não acabasse.
Difícil é ter tanta alegria
quando já se é adulto.
Que quando ficar eu velho,
não tenha posses, não tenha casas grandes.
Ternos caros e gravatas cor de morte.
Mas que tenha ao pé do meu ouvido
uma voz suave e gritante, macia e vívida:
Vô...
ou seguem a lei natural das coisas
e dos homens.
Seus coracões são as mais
vastas e belas terras
que podem ser habitadas.
Suas leis são as emocionais.
Não venham com essa tal de razão
para acabar com a fantasia e alegria
de algo que é simplesmente sentido
Ser Avô é honraria das grande
e, não são todos que podem ter.
Procriar até a sua terceira geracão
não é nada que exiga dificuldade.
Complicado é esconder, pequenas travessuras,
brincar como se a infância não acabasse.
Difícil é ter tanta alegria
quando já se é adulto.
Que quando ficar eu velho,
não tenha posses, não tenha casas grandes.
Ternos caros e gravatas cor de morte.
Mas que tenha ao pé do meu ouvido
uma voz suave e gritante, macia e vívida:
Vô...
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